- Trip transformadores 2019
- Produção: Academia de Filmes
- Dir. Adriana Yañez
1 Altamiran Ribeiro
No país que mais mata ambientalistas no mundo, Altamiran Ribeiro luta para que comunidades tradicionais do cerrado brasileiro tenham seu direito ; terra e ; vida respeitados. Há duas décadas atuando na Comissão Pastoral da Terra, Altamiran defende essas comunidades do avanço do agronegócio em Matopiba (na divisa entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde a monocultura e a atuação dos grileiros só cresce. Além de ajudar outras pessoas, ele também luta para construir a própria casa e estuda para realizar o sonho de ser professor.
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2 Conceição Evaristo
Ainda menina, Conceição Evaristo chegou a trabalhar como doméstica em troca de livros. “O que me trouxe até aqui foi a literatura. Se não fosse ela, teria uma história diferente”, disse a mineira, homenageada este ano pelo Prêmio Jabuti. Com sua escrita, Conceição dá protagonismo a gerações de mulheres negras, além de provocar reflexão e denunciar o racismo. Por isso, aos 72 anos, ela recebeu o prêmio Trip Transformadores deste ano.
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3 Simone Mozzilli
Simone Mozzilli ressignifica o tratamento do Câncer para crianças. Ela criou um instituto, o Instituto Beabá, para desmitificar o tratamento do câncer fornecendo informações claras sobre os procedimentos para crianças. Com as ferramentas, ela deseja que as próprias crianças possam ressignificar a doença. “Às vezes nós ficamos cansados de ser as pessoas que têm ou tiveram câncer. Nós temos outra vida, uma história e a doença foi só uma parte disso tudo”, disse durante a premiação.
4 Walter Casagrande
Três overdoses, um acidente de carro e uma internação compulsória. Foi ao sentir a morte cada vez mais próxima que Walter Casagrande Jr. se deu conta de que precisava de ajuda. Hoje, após todo o processo de recuperação, ajudar a sociedade a entender melhor o que é a dependência química e o tratamento se tornou um trabalho. Ele já palestrou para jogadores de base do Corinthians, do Santos e, em breve, falará para os do São Paulo. “Esse é o prêmio mais importante que eu já recebi na vida. Eu não fiz gol nenhum para merecer, eu recebo esse prêmio porque eu estou sóbrio e a sobriedade é a coisa mais importante da minha vida”, entregou revelando toda a plateia.
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5 Eduardo Schenberg
Atravessando preconceitos e estereótipos, o neurocientista Eduardo Schenberg investiga os benefícios do uso de psicodélicos, como a ayahuasca, o LSD e o MDMA, no tratamento da saúde mental das pessoas. Para o paulistano, a demora da medicina em considerar essas substâncias como uma opção de tratamento está atrelada a questões culturais e ao preconceito. “A solução para tanto conflito não é através de guerra, é através de educação, de pesquisa, da biodiversidade”, defendeu o homenageado.
6 Yvone Bezerra
Yvonne Bezerra de Mello criou uma metodologia para ajudar crianças e adolescentes vunerabilizados a aprender. Sua escola no complexo da Maré, no Rio, ensina o que é amor e tem sua metodologia reconhecida pela Unicef.
“Eu resisto ; mediocridade, eu resisto ; perseguição que eu sofro por fazer o que eu faço. Que me matem, não me importo. Mas o meu sonho, ele vai continuar.”
7 Rodrigo Mendes
Um disparo e a vida virada do avesso. Rodrigo Hübner Mendes tinha 18 anos quando, ao sair de casa, sofreu um assalto e levou um tiro no pescoço. A rotina do jovem que jogava futebol, praticava remo e fazia cursinho para entrar na faculdade de medicina foi transformada em uma busca por sobrevivência. O acidente resultou na imobilidade do ombro para baixo, a tetraplegia, e na criação do Instituto Rodrigo Mendes, há 25 anos. O projeto busca dar às pessoas com deficiência acesso à educação de qualidade em uma escola comum, com um ambiente diverso. Ou seja, o melhor espaço para o desenvolvimento humano.
8 Dexter e Iberê Dias
Quando você se vê na mesma sala que o rapper e ex-presidiário Dexter e o juiz Iberê Dias, a sensação é de estar presenciando um desses encontros que deveriam ser vistos por muito mais gente, por simbolizar algo de que o mundo realmente precisa: o diálogo com o diferente. Mais do que conversar, hoje eles
são uma dupla que trabalha para dar uma perspectiva de futuro a jovens excluídos. O que os une é o Trampo Justo, projeto voltado a inserir no mercado de trabalho os mais de 8 mil jovens que vivem nas 665 casas de acolhimento do estado de São Paulo.
9 Tabata Amaral
A educação mudou a vida da família de Tabata Amaral como um todo. Essa certeza, inclusive, explica a forma como a cientista política e hoje deputada federal (PDT) defende o tema em seu projeto político. Porém, a indignação que a fez almejar um posto na Câmara dos Deputados tem origens mais profundas e uma conexão muito forte com a memória de seu pai, morto há sete anos em decorrência da dependência em drogas e álcool. Depois de estudar em
Harvard, ela fez da educação seu propósito e hoje é uma das 100 mulheres mais influentes do mundo.
10 Pedro Bial
Com seu programa na TV, Pedro Bial promove diálogos e traz pontos de vistas de diferentes setores da sociedade – algo que, nos dias de hoje, é extremamente transformador. “Se deixadas ao sabor do tempo, as coisas se transformam e caminham para seu destino natural: o fim. É o gesto humano que transforma, e ele é conservador. E conservar, às vezes, é não permitir que as coisas se apodreçam”, disse.
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